As Instituições Privadas do Ensino Superior (IES), em sua quase totalidade, usam as excepcionalidades causadas pela Pandemia e a influência que hoje exercem junto ao MEC e seu Conselho Nacional de Educação para, tão somente, maximizar os lucros, em detrimento acintoso da qualidade do ensino, das condições de trabalho e, consequentemente, da formação profissional.
Há muitas turmas com números abusivos de alunos, aplicação de propostas pedagógicas muito duvidosas, com um único objetivo: pagar menos e a uma quantidade cada vez menor de professores. Com subterfúgios como mentoria, tutoria, formação “flex”, cursos semipresenciais, reduções irregulares de cargas horárias dos cursos, desrespeitam a formação e a experiência docentes, e até profissionais com múltiplas especializações, mestrado e/ou doutorado são alocados sem considerar seu currículo, história e aderência às disciplinas. Sem falar no ensino híbrido (feito, em geral, à custa dos equipamentos dos professores) que vem sendo praticado a partir de realidades voltadas para desvalorizar a categoria docente, solapar empregos e salários de professores, enganar os estudantes e suas famílias, inevitavelmente, descumprindo o compromisso com a sociedade de bem formar profissionais.
No Ensino a Distância (EAD), são comuns práticas institucionais precarizadas de trabalho e qualidade de ensino baixíssimas, que, em muitas IES, geram resultados muito inferiores no ENADE. Isso se deve, também, ao fato de não haver regulamentação e fiscalização efetivas por parte do MEC em relação a estas IES que, oportunisticamente, lançam cursos de EAD e funcionam apenas como “fábricas de diplomas” de nível superior.
Portanto, a sociedade não pode ficar submetida aos golpes destas instituições e precisa se mobilizar para o enfrentamento da verdadeira luta para que os egressos dos Cursos de Educação Superior tenham diplomas legítimos e que resultem de verdadeira formação de qualidade para sua futura atuação profissional.
O Sinpro-Rio conclama todas as instâncias comprometidas com a boa formação de nível superior, a partir de cursos de alta qualidade, com propostas didático-pedagógicas bem fundamentadas, instalações laboratoriais apropriadas, equipes docentes qualificadas e valorizadas, remuneradas de forma justa, e operando em condições de trabalho adequadas, a se unirem na denúncia desta situação grave – em que grande parte das IES privadas atenta contra a sociedade – e a cobrarem a ação fiscalizadora e corretiva do Estado.
Educação não é mercadoria!
Comissão da Educação Superior – Sinpro-Rio
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Este post foi publicado em
20/05/2021 às
10:08
dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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