O segundo dia do seminário “Condições de Trabalho e Saúde do Professor”, realizado pelo Sinpro-Rio no auditório do MEC, debateu o tema “Trabalho, Educação e Parlamento: o Trabalho Docente e os Movimentos Político-Sociais” com a presença do presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Reimont; da juíza substituta do trabalho Drª Cláudia Márcia, que também é doutora em Direito pela Universidade Gama Filho e professora da Universidade Candido Mendes; e do secretário-geral da CNTE, Denílson Bento da Costa.
Tendo como mediador o segundo vice-presidente do Sinpro-Rio, Antonio Rodrigues, a mesa teve início com a Dra Cláudia Márcia, que falou sobre “As Mudanças no Mundo do Trabalho nos Últimos Anos e seu Impacto no Trabalho Docente” e começou dizendo que o maior impacto na atual crise educacional é a subserviência a que professores se submetem devido à necessidade. Segundo a juíza, o estresse e as síndromes relacionadas ao trabalho são antigas para a medicina, mas é recente para o direito:
Em termos de saúde, não há nada relativo à integridade psíquica do trabalhador. Somente que os empregadores têm a função de proteger a saúde dos seus empregados. A lei é para todos, da pequena escola às grandes universidades. Essa luta é de todos nós, cidadãos brasileiros e professores – concluiu.
“As Principais Bandeiras Nacionais de Lutas dos Professores Hoje” foi o tema abordado por Denílson da Costa, que destacou que os problemas enfrentados pela rede particular são os mesmos da rede pública.
A CNTE realizou uma pesquisa para apontar causas e consequências do processo de adoecimento dos professores e foram detectados: a não valorização da profissão; os baixos salários; e as síndromes do pânico e de Burnout, que já representam 50% das licenças médicas por problemas psicológicos.
Precisamos de representatividade dos professores no Legislativo e fazer com que esse quadro se modifique – concluiu Denílson.
O vereador Reimont abordou os “Projetos de Lei Relacionados ao Trabalho e à Carreira Docente” e iniciou sua fala afirmando que “os governos ainda não perceberam que a única saída é pela educação, que é a ferramenta para a redenção”
Para o vereador, a luta pelo calendário único é uma tarefa conjunta do Sindicato com ele e afirmou:
Não temos lobby em Brasília, mas temos na Câmara dos Vereadores, através da minha pessoa. Há muita condição de levar o calendário único adiante – disse.
Após as palestras, o evento foi aberto para o debate, em que foram abordados temas como: assédio moral, Conae, Organizações Sociais (OSs), doenças do trabalho, calendário único e acidente de trabalho.
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Este post foi publicado em
01/01/2009 às
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