“Em algum momento do ano de 2019, segundo as projeções da população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingirá 210 milhões de habitantes.
Espalhada por todo esse país continental – nas periferias das cidades, nas zonas costeiras, nos pampas, nos espaços rurais e também no semiárido – uma fração significativa dessa população luta para se alimentar e vestir e, com isso, de forma penosa, reproduzir suas vidas. Essa parcela de habitantes sequer tem tempo para pensar no futuro. Muitos procuram trabalhos que não existem e outros se submetem aos trabalhos mais precários, sem nenhum tipo de segurança previdenciária.
Segundo o IBGE, em 2017, havia 37 milhões de pessoas em trabalhos informais, número superior aos 35 milhões de pessoas em trabalhos formais. A diferença do mercado formal para o informal é expressa, no primeiro momento, pelo rendimento mensal, além da ausência da cobertura previdenciária. No Brasil, uma pessoa exercendo as mesmas funções pode receber remunerações distintas pelo simples fato de ter nascido mulher ou negra. Um homem no trabalho formal no Centro-Oeste ganha 4,6 vezes mais que uma mulher no trabalho informal no Nordeste brasileiro.
Nossa desigualdade de renda tem endereço, cor e gênero e, ainda persegue, insistentemente, brasileiros e brasileiras do berço até a aposentadoria. Uma política previdenciária justa deveria reconhecer e lutar para combater essas desigualdades. Essa é a natureza política do Estado Democrático de Direito.”
Leia na íntegra o pequeno Atlas.
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Este post foi publicado em
22/05/2019 às
09:53
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