Deu no O Globo: Jovens americanos despertam para a importância da sindicalização

Sob o título “Sindicalismo ganha força nos EUA com o apoio de jovens” o jornal O Globo, de primeiro de janeiro de 2022, informa que no ano passado aconteceram 250 greves de trabalhadores no país norte americano, sendo que “a pandemia levou trabalhadores de gigantes como a Amazon e Starbucks a buscarem criar sindicatos”.
De acordo com a reportagem, “trabalhadores de empresas como a Amazon (tecnologia de informação), Starbucks (rede de lanchonetes), Kellogs (alimentos) e John Deere (tratores) mostram-se insatisfeitos. Nos casos da Amazon e Starbucks aumentou a busca de sindicalização”.
Para Todd Vachon, professor de Educação para o Trabalho da Universidade Rutgers (New Jersey), “a pandemia inspirou uma onda de organização, principalmente entre os chamados trabalhadores essenciais. Muitos deles começaram a organizar ações coletivas para pressionar patrões e tornarem os locais de trabalho mais seguros. Com isso, outras demandas, incluindo a sindicalização”.
A reportagem destaca ainda que “com a pandemia, muitos trabalhadores nos EUA deixaram seus empregos, fosse por medo de contrair Covid, por insatisfação com as condições de trabalho e até por uma nova percepção sobre o trabalho e a vida”.
Devido o fenômeno, que está sendo chamado de “A Grande Renúncia”, segundo o Escritório de Estatística dos Trabalhadores dos EUA, havia mais de 11 milhões de vagas de trabalho em outubro de 2021, última vez em que a pesquisa foi realizada. Com isso, os trabalhadores ganharam mais poder de fogo junto ao patronato, com os sindicalizados reivindicando mais treinamento e contratações.
Vejam o que afirmou uma jovem entrevistada: “Ouvi falar da campanha (sindicalização) pela primeira vez por um colega de trabalho que perguntou se eu achava que sindicalizar (trabalhando) na Starbucks seria uma boa ideia. Embora, eu não tivesse qualquer experiência de sindicatos, meu pai é do sindicato dos professores, e eu tinha uma visão positiva sobre eles”.

Atacados de forma insidiosa e contundente no Brasil, principalmente após o golpe de 2016, os sindicatos de trabalhadores têm lutado muito contra um patronato que, se aliando ao governo federal, visa o aumento da lucratividade ao desmontar os direitos dos trabalhadores
O acontecimento recente nos EUA dá conta do que a história demostra: somente com um sindicato forte é que os patrões se sentirão pressionados com a luta pelos direitos dos trabalhadores.
O Sinpro-Rio, sempre na compreensão de que juntos somos mais fortes, empreenderá em 2022 uma ampla campanha de sindicalização. Só unidos e sindicalizados é que poderemos enfrentar a tentativa de destruição de nossos direitos.

Sinpro-Rio – Em Defesa da Educação e da Vida


Link desta página no QRCODE:


Este post foi publicado em 03/01/2022 às 15:52 dentro da(s) categoria(s): Notícias.
Você pode seguir quaisquer alterações a esta entrada através de RSS 2.0 feed.


<- Voltar