De Aparecida Tiradentes, as histórias reais de Listrinho e de dezenas de crianças em sua relação com a vida e com a escola. São também as histórias de milhões de outras crianças. Não aquelas que conhecem da infância apenas brincadeiras ou guardam dos finais de semana e férias lembranças amenas. Não aquelas que estão em dia com os lançamentos do mercado de jogos e brinquedos. São crianças sobreviventes. Trazem a marca da resistência.
Persistiram diante das barreiras que lhes foram postas pelo caminho. Desenvolveram suas próprias estratégias de resistência e de sobrevivência. Submetidas à violência física, à violência psicológica, à violência da miséria ou à violência de uma escola despreparada, conservam uma energia impressionante para resistir, reagir, recomeçar, seguir em frente. Brilham no ofício e na arte da reinvenção de si mesmas, mesmo quando lhes falta a matéria-prima. Sabem inventá-la!
São histórias que interessam a quem tem na escola seu ofício, mas também a todos os que acreditam na capacidade de superação do ser humano e que gostam de gente. São histórias de teimosia, de superação, de ousadia. São histórias de dor, de perda. São, sobretudo, histórias de gente. E histórias de gente são assim, surpreendentes, para quem se dispuser a ver.
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11/12/2017 às
09:25
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