“Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares. Sindicato é uma bela palavra que provém do grego syn-dike, isto é, ‘justiça juntos’. Não há justiça se não se está com os excluídos”
(Papa Francisco)
O Sinpro-Rio repudia os ataques do presidente Jair Bolsonaro aos professores, aos sindicatos e à própria vida de estudantes, trabalhadores do ensino e familiares, realizado nesta quinta-feira, 17 de setembro. Em pronunciamento nas redes sociais, ele desqualificou os profissionais do ensino, dizendo que “eles ficam em casa e não trabalham” e que pretendem “que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir”. Agrediu, ainda, os sindicatos dos professores que exigem o cumprimento de procedimentos de segurança sanitária para que alunos e profissionais do ensino retornem às escolas.
A agressão de Bolsonaro contra a Educação já virou rotina. Desde sua posse, o presidente tem trabalhado contra a educação de qualidade e inclusiva. Inimigo da educação, da ciência e do ensino, contra os quais promove cortes orçamentários, sucateia estabelecimentos públicos do setor e incentiva a perseguição a professores, o Governo Bolsonaro tem colocado o lucro dos grandes empresários acima de todos e de tudo.
O presidente, mais uma vez, ataca a luta pela vida, defendendo a volta às aulas presenciais e agredindo professoras e professores.
Estamos em greve pela vida, contra a volta às aulas presenciais, mas, em nenhum momento, nos negamos a dar aula via teletrabalho, honrando nossos compromissos.
Professoras e professores nunca trabalharam tanto como têm trabalhado nos últimos seis meses. Trabalham em casa, de forma remota, mas num expediente dobrado e até triplicado. Os professores e as professoras são mais do que conscientes da importância de sua responsabilidade social, mas sabem que a vida vem em primeiro lugar.
Posicionamo-nos em respeito à ciência e às autoridades sanitárias, que entendem que não há condições para a volta às aulas presenciais sem que haja risco de vidas de estudantes, responsáveis, trabalhadores em educação e toda comunidade escolar.
No início deste texto, publicamos declaração do Papa Francisco, um humanista, sobre a importância dos sindicatos. Entre as opiniões erráticas e práticas que beiram o genocídio, vindas de Bolsonaro, ficamos ao lado de humanistas e da ciência.
Diretoria do Sinpro-Rio
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Este post foi publicado em
21/09/2020 às
16:17
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