Na defesa pela vida, o momento atual exige, mais do que nunca, respeito à ciência
Mais uma vez, o Sinpro-Rio vem manifestar sua posição no contexto da pandemia do Covid-19 que se alastra por todo nosso país. O nosso sindicato sempre esteve presente nas lutas da sociedade e não seria diferente agora, diante de um mal que já vem ceifando mais de 260 mil vidas.
Fato que se expressou já em 2020, numa greve de 105 dias pelo direito à vida, em respeito às orientações da ciência e das instituições de pesquisa de relevância e respeitabilidade social na área da saúde. A categoria entendeu, em assembleia unificada, que era o momento de suspender a greve, e manter a continuidade da luta e a vigilância pela vida! Na ocasião, o Sinpro-Rio fez denúncias às autoridades de saúde, ao judiciário e parlamentares contra as instituições educacionais que funcionavam sem cumprir as exigências sanitárias e de segurança, colocando em risco a saúde e a vida de educadores, estudantes, familiares e demais segmentos da comunidade escolar.
Agora, estamos diante de um outro momento: o do recrudescimento da pandemia e da ameaça de um colapso do sistema de saúde, com uma média de 80% dos leitos de UTIs ocupados na rede pública. Tal situação tão cruel se soma à política desastrosa do governo federal que se coloca como negacionista, desrespeitando a ciência; além de propagar fake news e propor soluções milagrosas, sem respaldo de qualquer ordem.
Na defesa pela vida, o momento atual exige sensibilidade no enfrentamento das inúmeras e complexas variáveis que envolvem a garantia do direito à educação, diante da expansão da crise sanitária.
No que se refere às aulas on-line, é preciso que se garanta a universalização do acesso à tecnologia, a fim de que se possa promover qualidade para todos os segmentos sociais no processo ensino – aprendizagem. Do outro lado, o que se constata é a sobrecarga e a superexploração dos professores e professoras, sem a remuneração compatível com o aumento de esforço e de tempo gasto com o trabalho dobrado e preparação das aulas.
No tocante ao retorno das aulas presenciais, este não pode estar atrelado aos interesses das instituições que priorizam o ganho do capital sobre o trabalho, em detrimento à vida de professoras, professores, estudantes, pais, responsáveis e demais familiares.
O avanço da pandemia está a exigir de toda a sociedade um repensar desse retorno. É preciso que se estabeleçam condições mínimas de segurança para o funcionamento das escolas e, sobretudo, concretizá-las. Exige também respeito aos direitos dos trabalhadores da educação à saúde e à vida. Além do mais, faz-se necessário o cumprimento de um protocolo rígido de proteção de toda a comunidade escolar, incluindo a necessidade imperiosa de vacinação de todos os profissionais da educação.
Reavaliação, cautela e respeito à vida são as nossas prioridades!
Diretoria do SINPRO-RIO
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Este post foi publicado em
03/03/2021 às
13:58
dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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