O IFRJ – Instituto Federal do Rio de Janeiro sediou, em 03/07, audiência pública da Câmara dos Deputados por iniciativa do mandato do deputado federal Reimont (PT-RJ), que contou com a participação de diversos representantes do MEC, do Ministério do Trabalho, de Sindicatos, Feteerj, CNTE, representações estudantis e políticas do Rio de Janeiro. O evento ocorreu em modelo híbrido.
Um dos presentes na mesa, o presidente do Sinpro-Rio e diretor da Contee, professor Elson Paiva, afirmou: “O novo Ensino Médio é um grande monstro construído após o golpe de 2016, porque naquele momento a direita entendeu que deveria ter um objetivo primordial: acentuar a diferença entre os alunos da escola pública e pobres, dos alunos que têm dinheiro, da escola privada”.
O dirigente ressaltou que “Agora o próprio “Todos pela Educação (privada)”, está começando a concordar que o Novo Ensino Médio não deu certo. E está aceitando fazer um debate para uma reformulação, não uma revogação, que é o que nós queremos. Nós queremos a revogação do novo ensino médio e um debate de uma nova estruturação sim, mas um debate democrático, onde todos os entes da sociedade sejam escutados. Nós queremos a revogação. Eles querem uma pequena reformulação. Vamos para o debate”.
Na visão dele, o enorme prejuízo não é só pedagógico, como também trabalhista, para os profissionais de Educação. “A perda de carga horária, a questão trabalhista, foi grande. Os professores no ano passado de filosofia, por exemplo, em determinada escola davam aula para cinco turmas de ensino médio, estavam lá dez tempos. No ano seguinte, cinco, para as mesmas turmas. Perderam carga horária. E o novo ensino médio diz que não precisa mais de dois tempos de Filosofia, Sociologia, História ou geografia. Por isso, esse debate é importantíssimo. A qualidade de trabalho dos profissionais de educação, professores, é relacionada diretamente à qualidade de educação que é apresentada para os alunos da sociedade”, ponderou.
Também presente ao debate, o diretor do Sinpro-Rio e coordenador da Feteerj, professor Oswaldo Teles, apontou para o que considera o grande interesse do Novo Ensino Médio: “A repetição de uma velha política totalitária, que nós já vimos no passado. Querem destruir o processo crítico da sociedade”, apontou o professor, apontando o interesse dos educadores/as, que diverge totalmente da proposta atual “nós defendemos uma educação inclusiva e crítica, uma educação que valoriza o aluno e que valoriza o conhecimento científico, já que nós passamos por ataques negacionistas profundos nesses últimos anos”, finalizou.
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Este post foi publicado em
03/07/2023 às
11:18
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