Patrões do ensino particular sempre são rápidos no aumento das mensalidades escolares, no entanto são lentos e até omissos quando se fala em recuperação de perdas e aumento salarial daqueles que são os principais responsáveis pelo funcionamento de suas escolas, os professores.
Reportagem de O Globo, 25/11, informa que o presidente da Fenep – Federação Nacional das Escolas Particulares, Bruno Eizerik, estima aumento das mensalidades escolares em dois dígitos. No entanto, em nenhum momento o dirigente fala sobre o sempre defasado salário dos professores.
Se não vejam só: nos últimos três anos, 2019/2020 e 2021, o acumulado do INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor chegou a 14,9%. Porém, o salário dos professores no município do Rio de Janeiro ficou, mais uma vez, abaixo do índice, não chegando nem a 10,5%.
Explicamos: em 2019, o reajuste foi de 5% para um INPC de 4,7%; em 2020, o índice chegou a 3.3%, mas aos professores foi destinado o número redondo de 0% e, neste 2021, sobre um INPC de 6,9%, os donos de escolas relegaram aos professores tão somente 5,5% (a partir de agosto, 3% e em setembro mais 2,5%), negando ainda reajuste sobre os meses de abril, maio, junho e julho.
Ou seja, para os patrões, 2021, no que concerne aos salários dos professores, terá apenas oito meses.
Que fique claro ainda: o INPC nunca reflete os números reais da inflação.
Os pais pagam sempre as mensalidades mais altas sem que isso reflita na melhoria da qualidade do ensino e nas condições salariais dos trabalhadores na Educação.
Vamos lutar para que a justiça salarial seja feita. Que nossos reajustes acompanhem o aumento das mensalidades e que recuperemos as perdas salariais a nós impingidas nos anos passados.
Sinpro-Rio – em defesa da Vida e da Educação!
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Este post foi publicado em
09/12/2021 às
11:09
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