O Sinpro-Rio vem a público para repudiar toda e qualquer ideia de força contra a Constituição Brasileira. O golpe contra as eleições que vem sendo alardeado por aquele que foi eleito para defender a Constituição, agora, segundo denúncia, delegando seus arroubos para subordinados militares, precisa ser repelido pela sociedade e instituições que a representam.
No dia 22 de julho, comemora-se os 101 anos do Patrono da Sociologia Brasileira, o libertário professor Florestan Fernandes. E é em homenagem a grandes figuras humanistas do porte de Florestan Fernandes que o nosso Sindicato cobra um basta ao autoritarismo que se desenha contra as eleições, neste cenário macabro no qual mais de 540 mil pessoas já perderam suas vidas numa pandemia em que o governo federal, em vez de combatê-la, a estimula, com denúncia, inclusive, de locupletação na intermediação da compra de vacinas.
A ameaça e concretização de mortes pela Covid-19 se junta à ameaça à Constituição Brasileira, quando na esteira das falas do presidente Jair Bolsonaro, que coloca em xeque as eleições de 2022 com a chantagem de não reconhecê-las caso o voto não se torne impresso (sobretudo se sair derrotado, lógico), surge a denúncia de que o Ministro da Defesa, general Braga Netto, mandou recado ao legislativo no mesmo teor do que se fala no chamado “cercadinho”.
Sim, o jornal O Estado de S. Paulo trouxe reportagem denunciando a ameaça do Ministro da Defesa. Aspas para o jornal: “No último dia 8, uma quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político. O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica”.
Dada a repercussão da notícia, o ministro da Defesa negou o fato, porém não cabe desconsiderar a veracidade do ocorrido, pois, como afirmamos acima, as falas do presidente Jair Bolsonaro a respeito corroboram a notícia do jornal O Estado de S. Paulo.
Defender a Constituição é o dever de todo o cidadão e, mais ainda, de todas as instituições que o representam. Que o STF – Supremo Tribunal Federal –, legisladores e todos aqueles que defendem o pleno estado de direito se levantem contra estas ameaças de calar o povo no que a democracia tem de mais sublime – o direito de escolher seus representantes.
Sinpro-Rio
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Este post foi publicado em
23/07/2021 às
18:56
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