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SUA SAÚDE MENTAL VAI CAIR NA PROVA?
Em 1983, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) considerou a docência como a segunda profissão com maior nível de doenças ocupacionais no mundo. Já na década de 90, a Síndrome de Burnout passou a ser catalogada como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa síndrome se caracteriza pelo estresse crônico vivenciado por profissionais que lidam de forma intensa e constante com as dificuldades e problemas em seus locais de trabalho. Novamente, os docentes estavam entre os trabalhadores mais atingidos.
Em 2019, pesquisas apontaram que entre 40% e 45% de professores da Educação Básica se afastava do trabalho durante algum período, por conta de algum tipo de adoecimento mental. E, desses, 20% não retornavam. Isso significa dizer que de 8 a 9% dos docentes da Ed. Básica abandonavam a profissão por conta de doenças psíquicas.
Após a pandemia, esse número vem aumentando. Contribui para isso a disponibilidade excessiva para o trabalho, a necessidade de adquirir novas habilidades constantemente, estruturas administrativas autoritárias e falta de reconhecimento pelo trabalho realizado. Tudo isso aliado aos baixos salários que obrigam professoras e professores a aumentarem o número de aulas dadas, aumentando, em consequência, o número de horas trabalhadas em casa.
É importante ressaltar que as escolas particulares só pagam o tempo que docentes estão em sala de aula. Todo o trabalho que se faz fora dela NÃO É REMUNERADO.
A OMS já coloca a DEPRESSÃO como a quarta doença mais impactante no mundo do trabalho. No Brasil, houve um aumento de 29% de auxílio por conta dessa doença em 2021, em relação ao ano anterior.
Acredita-se que, em 2040, o Brasil sofra um apagão de docentes, caso nada seja feito para reverter esse quadro até lá.
SINPRO-RIO – EM DEFESA DA VIDA E DA EDUCAÇÃO.
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Este post foi publicado em
14/10/2023 às
15:11
dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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