No dia 18/08, o Sinpro-Rio realizou a 6ª Reunião do Fórum Permanente do Ensino Superior, com o objetivo de produzir uma discussão qualificada dos problemas que afetam o setor. A mesa foi composta pelo presidente do Sindicato, professor Wanderley Quêdo; pela coordenadora da Comissão de Educação Superior, professora Magna Corrêa; e pela assessora técnica para questões ligadas à Educação Superior, professora Aparecida Tiradentes. Nesta edição foram debatidos os temas: Campanha Salarial 2009, carta de Araxá, CONAE e as irregularidades praticadas pelas Instituições de Ensino Superior da rede privada.
Na abertura do fórum, o professor Wanderley traçou um panorama do setor, relatando os problemas e dificuldades enfrentados pelos docentes. Falou também sobre a campanha “Saúde do Professor”, que, por conta da epidemia do vírus N1H1, incorpora mais uma luta: o cuidado com a saúde das professoras grávidas da rede privada que estão indo trabalhar (já que o seu licenciamento foi determinado para a rede pública, mas ficou a critério de cada escola da rede privada), correndo o risco de serem contaminadas. Wanderley encerrou sua fala alertando para o fato de que a educação não é uma luta corporativa, já que são os filhos dos trabalhadores que, em sua maioria, estão nas faculdades particulares.
Em seguida, a professora Magna fez um relato sobre as condições do ensino superior no país e a professora Aparecida falou sobre a “Carta de Araxá”, produzida durante o II Congresso da Educação Superior Particular. O documento contém sugestões do patronato para reformular este segmento de ensino. A professora destacou que o documento segue, com algumas especificidades, as diretrizes da Carta de Bologna, ao sugerir a abertura de capital pelas instituições e a sua gerência como outras empresas comuns, sempre visando ao lucro. Em relação às especificidades da Carta, Aparecida ressaltou algumas alterações na LBD propostas no congresso e a criação de uma Agência Nacional Particular de Acreditação, que teria uma avaliação das universidades paralela à do MEC. – Eles querem criar uma nova prova para que instituições com conceito 1 ou 2 na avaliação do MEC não sejam impedidas de funcionar – denunciou.
Quando o fórum foi aberto ao debate, a precarização do ensino superior foi o destaque. Alguns professores relataram experiências pessoais que comprovam esse quadro. As professoras Mônica Figueiredo e Regina Rocha falaram sobre o processo de decadência da Universidade Gama Filho. Os professores Renato Brandão e Rodrigo Guérron, ambos da Estácio de Sá, trataram dos absurdos ocorridos ultimamente nesta instituição. Para Guérron, os alunos são importantes na resistência contra a fragmentação do Ensino Superior: – É preciso que eles saibam que vão ser muito prejudicados com tudo isso e, então, pressionem a faculdade – propôs o professor de cinema.
Também estiveram presentes representantes de outros setores da sociedade civil: Vera Lúcia Fonseca, do Conselho de Medicina; Manuel Neri, do Conselho de Enfermagem; Lemuel Santos, do Conselho de Relações Públicas; dentre outros. Todos participaram do debate e foram unânimes em ressaltar a necessidade de lutarmos por um ensino superior privado de qualidade.
A próxima edição do fórum acontece dia 19 de setembro, na Bienal.
Confira as fotos do Fórum aqui.
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Este post foi publicado em
01/01/2009 às
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