No dia 18 de abril, os professores da Educação Básica do Ensino Privado se reuniram em assembleia para discutir os desdobramentos das paritárias – entre o Sindicato e os patrões – na Campanha Salarial de 2009. Após os informes habituais, o primeiro-secretário do Sinpro-Rio, professor Marcelo Pereira, fez um relato da última negociação, em que o patronato fez uma contraproposta às reivindicações aprovadas, em assembleia, no dia 14 de março.
Segundo as instituições de ensino, não há condições de pagar o INPC de 5,92% para a categoria, por conta da atual crise financeira mundial. Por isso, eles propõem que o reajuste pelo índice seja parcelado: 4,5%, em abril; e o restante, em outubro deste ano. Com essa perspectiva, o ganho salarial nem foi cogitado pelos patrões.
Outro ponto muito debatido e que estava na proposta do patronato foi a questão das férias em janeiro. Para eles, não há necessidade de se garantir na Convenção Coletiva de Trabalho as férias naquele mês, pois 95% das escolas já adotam esse período para as férias dos seus professores. Ao final de sua fala, o professor Marcelo disse que o Sindicato, na paritária, debateu muito, repudiou a proposta apresentada e informou ao patronato que essa proposta vergonhosa seria apresentada à categoria.
Em seguida, o presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo, fez um discurso enérgico contra a proposta patronal e afirmou que o setor educacional não tem crise, fato que pode ser facilmente comprovado pelas recentes pesquisas.
– Essa crise está sendo usada para afrontar a Campanha Salarial – afirmou Quêdo. Para ele, a questão do ganho real zero não pode ser considerada com uma proposta e é inadmissível o reajuste ser parcelado. “Essa questão do ganho real não se pode abrir mão e o ganho real não pode ser parcelado de jeito nenhum. Vamos resistir, não vamos permitir!”, conclamou o presidente.
Após a fala de Wanderley, vários professores fizeram intervenções contra a proposta do patronato e convocando a categoria para uma mobilização maior. Um deles foi o 1º vice-presidente do Sinpro-Rio, professor Francilio Paes Leme, que afirmou para os empresários o que interessa é não perder o lucro. Segundo Francilio, a categoria não pode acreditar nessa falsa idéia de crise na educação.
– Não podemos assinar acordo que não tenha ganho real, porque não há crise na escola – concluiu o professor.
No final do encontro, os professores aprovaram uma nova assembleia para o dia 9 de maio, às 10h, na sede do Sinpro-Rio, já que a próxima paritária com o sindicato patronal será no dia 4 do mesmo mês. Wanderley reforçou a convocação para as próximas mobilizações por melhores salários, condições de trabalho e saúde, que acontecerão no dia 27 de abril, às 12h, no Calçadão de Campo Grande; e no dia 29, também ao meio-dia, na escadaria Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.
Confira aqui algumas fotos do evento.
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No dia 18 de abril, os professores da Educação Básica do Ensino Privado se reuniram em assembleia para discutir os desdobramentos das paritárias – entre o Sindicato e os patrões – na Campanha Salarial de 2009. Após os informes habituais, o primeiro-secretário do Sinpro-Rio, professor Marcelo Pereira, fez um relato da última negociação, em que o patronato fez uma contraproposta às reivindicações aprovadas, em assembleia, no dia 14 de março.
Segundo as instituições de ensino, não há condições de pagar o INPC de 5,92% para a categoria, por conta da atual crise financeira mundial. Por isso, eles propõem que o reajuste pelo índice seja parcelado: 4,5%, em abril; e o restante, em outubro deste ano. Com essa perspectiva, o ganho salarial nem foi cogitado pelos patrões.
Outro ponto muito debatido e que estava na proposta do patronato foi a questão das férias em janeiro. Para eles, não há necessidade de se garantir na Convenção Coletiva de Trabalho as férias naquele mês, pois 95% das escolas já adotam esse período para as férias dos seus professores. Ao final de sua fala, o professor Marcelo disse que o Sindicato, na paritária, debateu muito, repudiou a proposta apresentada e informou ao patronato que essa proposta vergonhosa seria apresentada à categoria.
Em seguida, o presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo, fez um discurso enérgico contra a proposta patronal e afirmou que o setor educacional não tem crise, fato que pode ser facilmente comprovado pelas recentes pesquisas.
– Essa crise está sendo usada para afrontar a Campanha Salarial – afirmou Quêdo. Para ele, a questão do ganho real zero não pode ser considerada com uma proposta e é inadmissível o reajuste ser parcelado. “Essa questão do ganho real não se pode abrir mão e o ganho real não pode ser parcelado de jeito nenhum. Vamos resistir, não vamos permitir!”, conclamou o presidente.
Após a fala de Wanderley, vários professores fizeram intervenções contra a proposta do patronato e convocando a categoria para uma mobilização maior. Um deles foi o 1º vice-presidente do Sinpro-Rio, professor Francilio Paes Leme, que afirmou para os empresários o que interessa é não perder o lucro. Segundo Francilio, a categoria não pode acreditar nessa falsa idéia de crise na educação.
– Não podemos assinar acordo que não tenha ganho real, porque não há crise na escola – concluiu o professor.
No final do encontro, os professores aprovaram uma nova assembleia para o dia 9 de maio, às 10h, na sede do Sinpro-Rio, já que a próxima paritária com o sindicato patronal será no dia 4 do mesmo mês. Wanderley reforçou a convocação para as próximas mobilizações por melhores salários, condições de trabalho e saúde, que acontecerão no dia 27 de abril, às 12h, no Calçadão de Campo Grande; e no dia 29, também ao meio-dia, na escadaria Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.
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01/01/2009 às
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