Jacques e a Revolução se prepara para a sua 5ª temporada, dia 14 de setembro, no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana – ao lado do Metrô. Desconto de 50% para filiados/as ao Sinpro-Rio!

 

"Jacques e a revolução" é uma inspiradíssima comédia dramática, com tintas fortes e belos diálogos que flertam com a condição humana contemporânea, num mundo atravessado por subornos, apropriação indébita de capital público, zero apreço pelo cidadão, luta das mulheres e intolerância cultural. Tudo isso está lá, na engenhosa dramaturgia de Ronaldo Lima Lins, peça vencedora do Prêmio Maurício Távora – 1989 / Secretaria de Cultura do Estado do Paraná.

"Jacques e a Revolução"traz em sua narrativa uma arquitetura dramatúrgica que alinha tirania, manipulação, jogos de poder. Sedução e sexo recheiam os diálogos de Jacques, um empregado de segundo escalão, e seu patrão, o Empresário. De conversa em conversa, qualquer sentido de moral desaparece. Jacques conta suas proezas e aprende/ensina com o Empresário. A história, que se passa sem definição de lugar e tempo, poderia ser no Planalto Central, numa empresa pública, agronegócio, enfim, na vida real. Na verdade, a peça foi escrita a pedido do mestre Luís de Lima (1925-2002), ator português notabilizado por sua grandeza na mímica. Ele nunca a encenou. “Luís sugeriu em 1989 que Ronaldo elaborasse um texto para teatro a partir de ‘Jacques, o Fatalista, e seu amo’, de Diderot. A ideia era o centenário da Revolução Francesa estar no centro da peça. O que Ronaldo fez, porém, foi estabelecer um diálogo intenso com a obra do filósofo francês iluminista Denis Diderot”, destaca o diretor e dramaturgo Theotonio de Paiva.

As histórias de Jacques receberam um destaque especial através do humor de Ronaldo Lima Lins. São construções provocadoramente deliciosas que nos trazem à mente acontecimentos ligados a outras épocas: histórias de amor, traições, armadilhas etc. Por outro lado, a peça é recheada de pistas falsas, com espelhamento de situações e de personagens, nos levando a querer saber, de fato, o que é verdade ou mentira.

Assistindo ao espetáculo, somos surpreendidos pela forma vigorosa e desconcertante, com que se desenvolve a conversa entre Jacques e seu patrão, entremeada sempre de sucessivas histórias que relatam um para o outro. É essa mesma conversa que serve de eixo à construção dramatúrgica da peça e do espetáculo, realçado por um elenco harmonioso.


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Este post foi publicado em 10/09/2018 às 15:36 dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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