Com a presença do presidente da CUT, militantes protestaram em frente à Vale contra as demissões em massa.

Mesmo debaixo de sol forte, cerca de 300 trabalhadores – segundo números da Guarda Municipal – compareceram, nesta quarta-feira, à porta da Vale para protestar contra a postura das grandes empresas diante da crise. Entre inúmeros movimentos sociais, estava o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio).

Segundo o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, o ato é uma forma de pressionar os governos para que mantenham o emprego e a renda como solução para crise. No seu discurso, Artur qualificou como oportunista a postura de empresas como a Vale, que insistem em demissões:
– Como é que uma empresa que pretende distribuir dividendos aos seus acionistas, da ordem de R$ 2 bilhões, pode dizer que a única saída para a crise é demitir? – questionou.

Em conversa com a assessoria do Sinpro-Rio, o presidente da CUT disse que a garantia de emprego e renda é, para ele, a principal medida anticrise que se espera do Governo Federal, mas não a única:
– É preciso diminuir os juros, reduzir o spread bancário e ampliar empréstimos e linhas de financiamento – ressaltou.

Presidente do Sinpro-Rio critica modelo capitalista e cita desnacionalização do ensino

A crise do capital não é nova e nunca será diferente da que está acontecendo. Ela é inerente ao modelo capitalista que o mundo vive desde a Segunda Guerra Mundial. Assim começou o discurso do presidente do Sinpro-Rio, Wanderley Quedo.

Em seguida, aproveitando o tom de crítica aos grande grupos empresariais, Wanderley falou aos manifestantes como o capital estrangeiro tem tomado conta do Educação Superior privado. Para ele, este processo acaba levando à mercantilização do Ensino e usou como exemplo o caso da Estácio de Sá:
– A Estácio abriga hoje, no Rio de Janeiro, 200 mil alunos. Ela tem 5 mil professores e demite por ano de 800 a mil professores. Ela tem ações no mercado, é dirigida por um gerente e por um presidente e é chamada de empresa, não de universidade – declarou.

Ainda segundo ele, a educação privada deve ser regulamentada e esta é uma questão de toda a sociedade, não apenas dos professores:
– No nosso entendimento, a educação privada é uma concessão do poder público. Portanto, deve ser regulada, supervisionada e o governo tem que intervir nesta questão – cobrou o presidente do Sinpro-Rio.


Palavras-chave: Estácio

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Este post foi publicado em 01/01/2009 às 00:00 dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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