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Sinpro-Rio discute a reforma ortográfica

No dia 16 de abril, o Sinpro-Rio promoveu um importante debate sobre a reforma ortográfica, que é um tema bastante discutido pelos educadores atualmente. Para falar sobre o assunto, foram convidados dois especialistas: o filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Evanildo Bechara; e o doutor em Letras pela UFRJ e professor da Uerj, José Carlos Azeredo.

O primeiro palestrante da noite foi o professor da Uerj, que fez uma breve análise da diferença entre ortografia e utilização da língua falada. Para Azeredo, as novas mudanças não afetam a pronúncia das palavras nos países que assinaram o acordo e também não afetam a questão da criatividade dos autores.

– A ortografia não pode ser entendida como algo que bloqueie o processo criativo – afirmou o professor. Por fim, Azeredo concluiu que não há como saber de imediato os benefícios dessa mudança, porque que elas só serão perceptíveis daqui a 20 anos.

Em seguida, os cerca de 150 participantes puderam prestigiar o filólogo Evanildo Bechara, que participou ativamente do processo do acordo ortográfico. O membro da ABL fez uma análise das mudanças e a importância de não confundir ortografia com língua. Bechara também comentou o fator da regionalização das pronúncias. Para ele, a questão do Estado ter decretado o acordo é uma vertente. Citando Fernando Pessoa, em A Língua Portuguesa – obra que reflete as posições adotadas pelo poeta em relação à Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa de 1911, que atraiu os portugueses para uma longa polêmica – Bechara explicou que a ortografia possui duas vertentes: social e cultural.

– Na cultural, utilizada pelos artistas e intelectuais, prima-se pela estética e liberdade da palavra. Já a vertente social é a ortografia usada por todos e, nesse caso, deve se ter a intervenção do Estado para não haver desobediência – detalhou Bechara

Em sua palestra, o filólogo também argumentou a importância da unificação para os oito países envolvidos.

– Há mais de 100 anos, lutamos para essa unificação – afirmou Bechara. Para o acadêmico, “a ortografia é uma convenção e, como toda convenção, tem suas falhas, mas esta reforma é a que está mais próxima do ideal”.

“Nós acreditamos que essa reforma, ao lado do valor político, diplomático e econômico, irá difundir a Língua Portuguesa no mundo”, concluiu Bechara.

Após a apresentação, os palestrantes responderam algumas perguntas do público. Dentre elas, foi questionado o descontentamento dos portugueses com a reforma. Segundo Evanildo Bechara, o acordo não foi feito entre muros, pois foi assinado por todos os países lusófonos.

– Eu acho difícil, por parte de um país, a sonegação do acordo, mas sabemos que há resíduos de portugueses que acham que o Brasil quer abrasileirar a língua – concluiu Bechara.

Para saber mais sobre a Reforma Ortográfica, acesse www.reformaortografica.com Veja aqui as fotos do evento


Link desta página no QRCODE:

A reforma ortográfica tem sido um assunto bastante discutido pelos educadores. Por isso, o Sinpro-Rio vai promover um seminário, com especialistas no assunto, para debate-lá. Evanildo Bechara, filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras, e José Carlos Azeredo, doutor em Letras pela UFRJ e professor da UERJ, estarão na próxima quinta, dia 16, discutindo o propósito da reforma e seus impactos. O evento é gratuito e acontece às 18h30, na sede do Sindicato (Rua Pedro Lessa, 35 – 2º andar, centro). Mais informações (21) 3262-3440.


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No dia 16 de abril, o Sinpro-Rio promoveu um importante debate sobre a reforma ortográfica, que é um tema bastante discutido pelos educadores atualmente. Para falar sobre o assunto, foram convidados dois especialistas: o filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Evanildo Bechara; e o doutor em Letras pela UFRJ e professor da Uerj, José Carlos Azeredo.

O primeiro palestrante da noite foi o professor da Uerj, que fez uma breve análise da diferença entre ortografia e utilização da língua falada. Para Azeredo, as novas mudanças não afetam a pronúncia das palavras nos países que assinaram o acordo e também não afetam a questão da criatividade dos autores.

– A ortografia não pode ser entendida como algo que bloqueie o processo criativo – afirmou o professor. Por fim, Azeredo concluiu que não há como saber de imediato os benefícios dessa mudança, porque que elas só serão perceptíveis daqui a 20 anos.

Em seguida, os cerca de 150 participantes puderam prestigiar o filólogo Evanildo Bechara, que participou ativamente do processo do acordo ortográfico. O membro da ABL fez uma análise das mudanças e a importância de não confundir ortografia com língua. Bechara também comentou o fator da regionalização das pronúncias. Para ele, a questão do Estado ter decretado o acordo é uma vertente. Citando Fernando Pessoa, em A Língua Portuguesa – obra que reflete as posições adotadas pelo poeta em relação à Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa de 1911, que atraiu os portugueses para uma longa polêmica – Bechara explicou que a ortografia possui duas vertentes: social e cultural.

– Na cultural, utilizada pelos artistas e intelectuais, prima-se pela estética e liberdade da palavra. Já a vertente social é a ortografia usada por todos e, nesse caso, deve se ter a intervenção do Estado para não haver desobediência – detalhou Bechara

Em sua palestra, o filólogo também argumentou a importância da unificação para os oito países envolvidos.

– Há mais de 100 anos, lutamos para essa unificação – afirmou Bechara. Para o acadêmico, “a ortografia é uma convenção e, como toda convenção, tem suas falhas, mas esta reforma é a que está mais próxima do ideal”.

“Nós acreditamos que essa reforma, ao lado do valor político, diplomático e econômico, irá difundir a Língua Portuguesa no mundo”, concluiu Bechara.

Após a apresentação, os palestrantes responderam algumas perguntas do público. Dentre elas, foi questionado o descontentamento dos portugueses com a reforma. Segundo Evanildo Bechara, o acordo não foi feito entre muros, pois foi assinado por todos os países lusófonos.

– Eu acho difícil, por parte de um país, a sonegação do acordo, mas sabemos que há resíduos de portugueses que acham que o Brasil quer abrasileirar a língua – concluiu Bechara.

Para saber mais sobre a Reforma Ortográfica, acesse www.reformaortografica.com Veja aqui as fotos do evento


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A reforma ortográfica tem sido um assunto bastante discutido pelos educadores. Por isso, o Sinpro-Rio vai promover um seminário, com especialistas no assunto, para debate-lá. Evanildo Bechara, filólogo e membro da Academia Brasileira de Letras, e José Carlos Azeredo, doutor em Letras pela UFRJ e professor da UERJ, estarão na próxima quinta, dia 16, discutindo o propósito da reforma e seus impactos. O evento é gratuito e acontece às 18h30, na sede do Sindicato (Rua Pedro Lessa, 35 – 2º andar, centro). Mais informações (21) 3262-3440.


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Este post foi publicado em 01/01/2009 às 00:00 dentro da(s) categoria(s): Sem categoria.
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