No dia 18 de março o Sinpro-Rio realizou o lançamento da campanha “Saúde do Professor” em sua sede, no Centro.
A cerimônia teve início com o presidente Wanderley Quêdo, reafirmando a postura do Sinpro-Rio como um sindicato cidadão, que trabalha o ano inteiro, ativamente, e que procura trazer para a categoria mais conhecimento sobre seus direitos, lutas e também de condições de trabalho e saúde.
Wanderley apresentou a campanha e seus principais temas: síndrome de Burnout, uso da voz em sala de aula, a questão do atendimento on-line, a defesa das férias em janeiro e de um calendário único, a luta contra a violência física e o assédio moral, e a exaustão emocional. Finalizando, o presidente afirmou que a campanha pretende dar um salto de qualidade na vida da categoria, passando, primeiro, pelas condições salariais e, depois, pelas de trabalho e de saúde.
Após a abertura, as assessoras técnicas da campanha, as psicólogas Elaine Juncken e Sandra Korman, falaram sobre a síndrome de Burnout, o cotidiano e as dificuldades da categoria, a mobilização dos professores e da sociedade, e como um projeto de vida profissional pode ajudar na autoestima.
Elaine Juncken destacou as agruras dos professores, como a pressão sofrida por diretores e pais de alunos; a deficiência do aprimoramento profissional por falta de tempo e dinheiro; o desacato dos alunos, etc. A psicóloga falou sobre a síndrome de Burnout e suas características: o contato frio, irônico e cínico com os alunos; o esgotamento físico e emocional; distúrbio do sono; sensação de fracasso; dores musculares; e baixa autoestima, dentre outros
– A síndrome é uma “cronificação” do estresse laborial. É um estresse relativo ao trabalho que é tratado erroneamente como um estresse comum – declarou, acrescentando que “o professor é o protagonista da educação. Sem ele não educação e sem educação não há futuro”.
Sandra Korman avaliou que “a campanha tem um caráter de mobilização pela mudança da educação, mesmo esta sendo um conceito abstrato”.
Ela analisou a sociedade atual como individualista e privada, em que todos estão condenados a se sentirem faltosos, com o conhecimento, com a angústia de ficar aquém da sociedade:
– Por isso, há de haver uma reflexão sobre a questão; e, por conta disso, o projeto de vida profissional se faz ainda mais necessário – resumiu.
Sandra encerrou dizendo estar muito feliz em fazer parte desta campanha, que ela considera uma mobilização.
O evento contou com a presença de representantes do Conselho de Fonoaudiologia, do Sinpro Niterói, do Colégio Pedro II e da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade.
Por fim, Wanderley Quêdo mostrou o abaixo assinado on-line que o Sinpro-Rio está fazendo, em defesa das férias em janeiro, e deu a assinatura inaugural. Também foram distribuídas cartilhas sobre síndrome de Burnout e, para encerrar, todos participaram de um coquetel de confraternização.
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Este post foi publicado em
01/01/2009 às
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