No dia 1° de junho, foi realizada a segunda edição do Fórum América, com o tema Cuba, na sede do Sinpro-Rio. O objetivo foi debater os fenômenos políticos, econômicos e sociais ocorridos nos últimos anos em nosso continente.
Os palestrantes convidados foram Daniel Aarão Reis (doutor em História Social/USP e professor de História Contemporânea/UFF) e Theotônio dos Santos (doutor em Economia por Notório Saber e professor da UFF, coordenador da Cátedra da Unesco e membro do corpo editorial do Monitor Mercantil), que abriu o fórum fazendo um grande relato sobre a invasão a Cuba, liderada pelos Estados Unidos. O professor também analisou o embargo econômico imposto ao país e como a terra de Fidel pode comportar num continente, sendo marginalizada. Durante toda sua fala, Theotônio questionou porque Cuba – que sofreu tanto com o terrorismo americano – tem que pedir desculpa para voltar a fazer parte do grupo.
– Todo esse contexto é colonial. Os Estados Unidos quiseram que Cuba fosse sua colônia desde quando a ilha se tornou independente – afirmou o professor.
Theotônio finalizou a palestra explicando que a visão do senso comum sobre a Revolução Cubana é bem diferente de como ela realmente aconteceu.
– A Revolução Cubana é uma coisa muito diferente do que é apresentada. Podemos discordar, mas até para discordar é preciso conhecer os processos reais – concluiu o economista.
O historiador Daniel Aarão, o outro palestrante da noite, também pegou o gancho da Revolução e fez uma grande análise sobre os seus pontos de vista.
Para ele, a primeira questão da Revolução Cubana a se pensar é no contexto histórico-nacionalista, que vem agitando a América Latina desde as décadas de 30 e 40.
– Essa onda nacionalista foi um marco – afirmou.
Segundo Daniel, o outro contexto histórico que deve ser pensado é o da própria sociedade cubana, que teve um papel significativo na Revolução.
– A Revolução Cubana não é do Fidel, ela não é uma obra dele. Sem querer diminuir sua liderança, ela pertence a história da sociedade cubana e da América Latina – concluiu, contestando autoria da revolução.
Durante todo o seminário, também foi questionado porque o Estados Unidos não são responsabilizados pela prática da tortura, mesmo depois de terem admitido que essa era uma política de Estado. Outro ponto muito debatido foi o que aconteceu de positivo após Cuba ter banido os norte-americanos de seu território. Para os professores convidados, o resultado foi a conquista da independência, as reformas sociais e o restabelecimento da ordem, já que na mão dos Estados Unidos, o país era considerando um prostíbulo.
Após as exposições dos palestrantes, houve várias intervenções produtivas. Alguns professores criticaram os argumento de que Fidel não é a revolução e outros louvaram as afirmações contra as torturas praticadas ao longo da história pelos norte-americanos. O debate levou a discussão para o conceito de democracia e foi destacada a importância de Cuba para a independência de país africanos, como a Angola e Guiné-Bissau.
Ao final, o professor Daniel Aarão agradeceu e disse que o debate do socialismo não se esgotará aqui. Para ele, seria interessante que o Sinpro-Rio ampliasse esse espaço de discussão.
O próximo encontro do Fórum América, outra vez com o tema Cuba e com os mesmos palestrantes, será no dia 5 de junho, às 18h30, na Subsede de Campo Grande.
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No dia 1° de junho, foi realizada a segunda edição do Fórum América, com o tema Cuba, na sede do Sinpro-Rio. O objetivo foi debater os fenômenos políticos, econômicos e sociais ocorridos nos últimos anos em nosso continente.
Os palestrantes convidados foram Daniel Aarão Reis (doutor em História Social/USP e professor de História Contemporânea/UFF) e Theotônio dos Santos (doutor em Economia por Notório Saber e professor da UFF, coordenador da Cátedra da Unesco e membro do corpo editorial do Monitor Mercantil), que abriu o fórum fazendo um grande relato sobre a invasão a Cuba, liderada pelos Estados Unidos. O professor também analisou o embargo econômico imposto ao país e como a terra de Fidel pode comportar num continente, sendo marginalizada. Durante toda sua fala, Theotônio questionou porque Cuba – que sofreu tanto com o terrorismo americano – tem que pedir desculpa para voltar a fazer parte do grupo.
– Todo esse contexto é colonial. Os Estados Unidos quiseram que Cuba fosse sua colônia desde quando a ilha se tornou independente – afirmou o professor.
Theotônio finalizou a palestra explicando que a visão do senso comum sobre a Revolução Cubana é bem diferente de como ela realmente aconteceu.
– A Revolução Cubana é uma coisa muito diferente do que é apresentada. Podemos discordar, mas até para discordar é preciso conhecer os processos reais – concluiu o economista.
O historiador Daniel Aarão, o outro palestrante da noite, também pegou o gancho da Revolução e fez uma grande análise sobre os seus pontos de vista.
Para ele, a primeira questão da Revolução Cubana a se pensar é no contexto histórico-nacionalista, que vem agitando a América Latina desde as décadas de 30 e 40.
– Essa onda nacionalista foi um marco – afirmou.
Segundo Daniel, o outro contexto histórico que deve ser pensado é o da própria sociedade cubana, que teve um papel significativo na Revolução.
– A Revolução Cubana não é do Fidel, ela não é uma obra dele. Sem querer diminuir sua liderança, ela pertence a história da sociedade cubana e da América Latina – concluiu, contestando autoria da revolução.
Durante todo o seminário, também foi questionado porque o Estados Unidos não são responsabilizados pela prática da tortura, mesmo depois de terem admitido que essa era uma política de Estado. Outro ponto muito debatido foi o que aconteceu de positivo após Cuba ter banido os norte-americanos de seu território. Para os professores convidados, o resultado foi a conquista da independência, as reformas sociais e o restabelecimento da ordem, já que na mão dos Estados Unidos, o país era considerando um prostíbulo.
Após as exposições dos palestrantes, houve várias intervenções produtivas. Alguns professores criticaram os argumento de que Fidel não é a revolução e outros louvaram as afirmações contra as torturas praticadas ao longo da história pelos norte-americanos. O debate levou a discussão para o conceito de democracia e foi destacada a importância de Cuba para a independência de país africanos, como a Angola e Guiné-Bissau.
Ao final, o professor Daniel Aarão agradeceu e disse que o debate do socialismo não se esgotará aqui. Para ele, seria interessante que o Sinpro-Rio ampliasse esse espaço de discussão.
O próximo encontro do Fórum América, outra vez com o tema Cuba e com os mesmos palestrantes, será no dia 5 de junho, às 18h30, na Subsede de Campo Grande.
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No dia 1° de junho, foi realizada a segunda edição do Fórum América, com o tema Cuba, na sede do Sinpro-Rio. O objetivo foi debater os fenômenos políticos, econômicos e sociais ocorridos nos últimos anos em nosso continente.
Os palestrantes convidados foram Daniel Aarão Reis (doutor em História Social/USP e professor de História Contemporânea/UFF) e Theotônio dos Santos (doutor em Economia por Notório Saber e professor da UFF, coordenador da Cátedra da Unesco e membro do corpo editorial do Monitor Mercantil), que abriu o fórum fazendo um grande relato sobre a invasão a Cuba, liderada pelos Estados Unidos. O professor também analisou o embargo econômico imposto ao país e como a terra de Fidel pode comportar num continente, sendo marginalizada. Durante toda sua fala, Theotônio questionou porque Cuba – que sofreu tanto com o terrorismo americano – tem que pedir desculpa para voltar a fazer parte do grupo.
– Todo esse contexto é colonial. Os Estados Unidos quiseram que Cuba fosse sua colônia desde quando a ilha se tornou independente – afirmou o professor.
Theotônio finalizou a palestra explicando que a visão do senso comum sobre a Revolução Cubana é bem diferente de como ela realmente aconteceu.
– A Revolução Cubana é uma coisa muito diferente do que é apresentada. Podemos discordar, mas até para discordar é preciso conhecer os processos reais – concluiu o economista.
O historiador Daniel Aarão, o outro palestrante da noite, também pegou o gancho da Revolução e fez uma grande análise sobre os seus pontos de vista.
Para ele, a primeira questão da Revolução Cubana a se pensar é no contexto histórico-nacionalista, que vem agitando a América Latina desde as décadas de 30 e 40.
– Essa onda nacionalista foi um marco – afirmou.
Segundo Daniel, o outro contexto histórico que deve ser pensado é o da própria sociedade cubana, que teve um papel significativo na Revolução.
– A Revolução Cubana não é do Fidel, ela não é uma obra dele. Sem querer diminuir sua liderança, ela pertence a história da sociedade cubana e da América Latina – concluiu, contestando autoria da revolução.
Durante todo o seminário, também foi questionado porque o Estados Unidos não são responsabilizados pela prática da tortura, mesmo depois de terem admitido que essa era uma política de Estado. Outro ponto muito debatido foi o que aconteceu de positivo após Cuba ter banido os norte-americanos de seu território. Para os professores convidados, o resultado foi a conquista da independência, as reformas sociais e o restabelecimento da ordem, já que na mão dos Estados Unidos, o país era considerando um prostíbulo.
Após as exposições dos palestrantes, houve várias intervenções produtivas. Alguns professores criticaram os argumento de que Fidel não é a revolução e outros louvaram as afirmações contra as torturas praticadas ao longo da história pelos norte-americanos. O debate levou a discussão para o conceito de democracia e foi destacada a importância de Cuba para a independência de país africanos, como a Angola e Guiné-Bissau.
Ao final, o professor Daniel Aarão agradeceu e disse que o debate do socialismo não se esgotará aqui. Para ele, seria interessante que o Sinpro-Rio ampliasse esse espaço de discussão.
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Os palestrantes convidados foram Daniel Aarão Reis (doutor em História Social/USP e professor de História Contemporânea/UFF) e Theotônio dos Santos (doutor em Economia por Notório Saber e professor da UFF, coordenador da Cátedra da Unesco e membro do corpo editorial do Monitor Mercantil), que abriu o fórum fazendo um grande relato sobre a invasão a Cuba, liderada pelos Estados Unidos. O professor também analisou o embargo econômico imposto ao país e como a terra de Fidel pode comportar num continente, sendo marginalizada. Durante toda sua fala, Theotônio questionou porque Cuba – que sofreu tanto com o terrorismo americano – tem que pedir desculpa para voltar a fazer parte do grupo.
– Todo esse contexto é colonial. Os Estados Unidos quiseram que Cuba fosse sua colônia desde quando a ilha se tornou independente – afirmou o professor.
Theotônio finalizou a palestra explicando que a visão do senso comum sobre a Revolução Cubana é bem diferente de como ela realmente aconteceu.
– A Revolução Cubana é uma coisa muito diferente do que é apresentada. Podemos discordar, mas até para discordar é preciso conhecer os processos reais – concluiu o economista.
O historiador Daniel Aarão, o outro palestrante da noite, também pegou o gancho da Revolução e fez uma grande análise sobre os seus pontos de vista.
Para ele, a primeira questão da Revolução Cubana a se pensar é no contexto histórico-nacionalista, que vem agitando a América Latina desde as décadas de 30 e 40.
– Essa onda nacionalista foi um marco – afirmou.
Segundo Daniel, o outro contexto histórico que deve ser pensado é o da própria sociedade cubana, que teve um papel significativo na Revolução.
– A Revolução Cubana não é do Fidel, ela não é uma obra dele. Sem querer diminuir sua liderança, ela pertence a história da sociedade cubana e da América Latina – concluiu, contestando autoria da revolução.
Durante todo o seminário, também foi questionado porque o Estados Unidos não são responsabilizados pela prática da tortura, mesmo depois de terem admitido que essa era uma política de Estado. Outro ponto muito debatido foi o que aconteceu de positivo após Cuba ter banido os norte-americanos de seu território. Para os professores convidados, o resultado foi a conquista da independência, as reformas sociais e o restabelecimento da ordem, já que na mão dos Estados Unidos, o país era considerando um prostíbulo.
Após as exposições dos palestrantes, houve várias intervenções produtivas. Alguns professores criticaram os argumento de que Fidel não é a revolução e outros louvaram as afirmações contra as torturas praticadas ao longo da história pelos norte-americanos. O debate levou a discussão para o conceito de democracia e foi destacada a importância de Cuba para a independência de país africanos, como a Angola e Guiné-Bissau.
Ao final, o professor Daniel Aarão agradeceu e disse que o debate do socialismo não se esgotará aqui. Para ele, seria interessante que o Sinpro-Rio ampliasse esse espaço de discussão.
O próximo encontro do Fórum América, outra vez com o tema Cuba e com os mesmos palestrantes, será no dia 5 de junho, às 18h30, na Subsede de Campo Grande.
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01/01/2009 às
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