O Sinpro-Rio recebeu um abaixo-assinado, com 101 assinaturas, e uma Moção de Repúdio dos alunos do 6° período do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, unidade Bangu, em solidariedade à nota publicada sobre as mais de 600 demissões ocorridas.

Confira abaixo a Moção de Repúdio:

Formandos da Estácio de Sá Bangu protestam e afirmam:

Coercitivamente a revelia dos formandos e em nome do lucro estão “substituindo” excelentes professores (as) por tele-transmissão; o acessório tornou-se por “força especulativa dos mercadores do ensino” o principal. Abaixo com o “estelionato pedagógico”.

1- A coordenação formada pelas senhoras: Solange, Márcia Sleimann e Prof.(a) Mônica tem a obrigação de prestar esclarecimentos por esse desrespeito aos futuros operadores de Direito, e de outros cursos, pois não foram previamente consultados sobre essa alteração didática-pedagógica. Afinal pagam mensalidade pela prestação do serviço educacional.

2- A Estácio de Sá tem a obrigação de viabilizar alternativas opcionais com fulcro na LDB do MEC, que não interfiram negativamente na qualidade pedagógica do curso.

3- A Estácio de Sá, como prestadora de serviço regulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), tem a obrigação de comunicar previamente alterações do caso em tela aos educandos. Basta de “figurão” – tubo de ensaio – alunos pagam, não são cobaias.

4- Sem o prévio conhecimento e a aceitação do educando, a aplicação coercitiva de tele-transmissões e tecnologias cibernéticas são questionáveis e ilegítimas.

5- Tecnologias são acessórios; professor (a) ainda é o elo principal na transmissão e construção de conhecimentos epistemológicos, mais que vetores da educação, são seres humanos e não peças sobressalentes do mercado da “mão invisível”.

6- Escolhemos exercer o direito de não compactuar com esse sucateamento do ensino privado, por isso pagamos mensalidades, livros, passagens, atividades extras, gás, etc. Escolhemos a valorização do profissional de ensino, escolhemos o diálogo em face de uma falaciosa proposta de modernidade tecnológica; pois no bojo desse viés ideológico só existe mesmo é a nefasta – famigerada educação bancária. Educação bancária que cabe aos futuros formandos e operadores de Direito e outros cursos denunciar, protestar, boicotar e rechaçar.

7- Essa imposição coercitiva viola os princípios contidos na Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nas questões da liberdade, solidariedade, cidadania e pluralismo de idéias, além de “desumanizar” e desvalorizar professores (as),

8- A coordenação da Estácio de Sá deve cumpri a LDB, pois não está acima da mesma, portanto que haja uma gestão democrática com alunos e professores, e com garantia do padrão de qualidade como reza o artigo 3°, inciso IX – vinculando o ensino acadêmico com as práticas sociais.

9- É dever da OAB e do MEC fiscalizar e defenestrar definitivamente para o monturo da história didático-pedagógica esse sucateamento de uma educação de 5ª categoria imposta coercitivamente no ensino privado, pois não haverá justificativa aceitável no futuro em da tamanha omissão na vida dos formandos. Exigimos da Unesa uma gestão mais democrática, pois apesar das ações na bolsa de valores, ainda somos a razão existencial da Une$a. Portanto, respeitem os alunos e mestres de Bangu como respeitam o da Barra e Menezes Cortes.

PS: O peixe só vê a isca ignorando o anzol, não precisamos experimentar o fel para saber se é amargo. Fora com tele-transmissões coercitivas e caça níqueis que maculam a qualidade educacional. Somos pelo ensino de qualidade. Todas essas tecnologias de multimídia trazem modernidades, mas também dificuldades agregadas, a serem consideradas.

PS2: Aumentam as adesões. Foram protocolados processos no Ministério Público e no MEC, além de divulgação na imprensa.

Adilson Marcos – Autor do Manifesto


Palavras-chave: Estácio

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Este post foi publicado em 01/01/2008 às 00:00 dentro da(s) categoria(s): Notícias.
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